quinta-feira, 9 de setembro de 2021

GRANDE PORTO Porto Assombrado: Lendas, histórias e mitos, pela noite dentro

  um roteiro na Invicta que promete assustar até os mais fortes. O JPN fez o trajeto do "Porto Assombrado", que mostra o lado mais sombrio e mitificado do Porto e arredores. A tour chamada "Porto Assombrado" prolonga-se até à noite.



Conhece a lenda de Gaia? E o mito do Hotel Teatro? Estas e outras histórias são contadas por Pedro Vasconcelos, organizador do percurso “Porto Assombrado”. A um ritmo acelerado, a carrinha de sete lugares parte da Trindade pouco depois das 18h00. Conversa puxa conversa e, em dez minutos, já sabemos umas quantas fábulas.


“Diz-se que é assombrado”. Pedro refere-se ao Hotel Teatro. A tragédia do século XIX que ali se passou, no antigo teatro Baquet, parece que ainda está presente, pelo menos em espírito. Mais de cem pessoas morreram num incêndio e, por isso, há camarins que se abrem sozinhos e pancadas nas portas. Pelo menos, é aquilo que hoje se diz.


Mas o Hotel Teatro não é a única vítima de assombrações. Na Afurada, avista-se uma casa ao alto que é frequentemente visitada por caça-fantasmas. No início do século, vários investigadores do paranormal juraram ter registado a frase “Saiam daqui!”. Mas a autenticidade do acontecimento continua a ser um mistério.


Símbolos obscuros


Ao longo do percurso, que dura cerca de sete horas e inclui mais de uma dezena de paragens, apercebemo-nos de que as histórias são imensas, mas há curiosidades que se destacam. De facto, em todos os fenómenos sobrenaturais, estão presentes os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) e os caminhos encruzilhados, em forma de cruz. Já as flores têm uma dupla função: dar um bom cheiro ao morto e fazer-lhe companhia, terminando também a sua vida.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Histórias de terror: conheça 10 lendas que assombram Pernambuco


O estado de Pernambuco é uma terra de muitos encantos, mas também de muitas lendas urbanas. Assombrações e histórias de terror são tão conhecidas entre os pernambucanos que há quem tenha medo até hoje. Com informações do portal Recife Assombrado e livros como Assombrações do Recife Velho, selecionamos alguns relatos. Fantasmas do Teatro de Santa Isabel; Alamoa, em Fernando de Noronha; Pai da Mata; o fantasma de Branca Dias; Papa-Figo; Cumade Fulôzinha; Encanta-Moça; fantasmas do Capibaribe; Perna Cabeluda; e praça Chora Menino. Com certeza, de alguma, você já ouviu falar. E se não ouviu, se prepare para conhecer cada um desses contos macabros pernambucanos.


Os fantasmas do Teatro de Santa Isabel



Wydi Silva representando uma fantasma no Teatro de Santa Isabel – Crédito: Lucas Evaristo


O Teatro de Santa Isabel é palco de muitas apresentações fantásticas, desde o século 19. Acontece que não só de história vive o local – ele é cheio de mistérios também. Visagens passeiam pelos camarins, na platéia, nos corredores, nas frisas e camarotes, além de sons arrepiantes que são ouvidos e confundidos com as muitas lembranças guardadas no prédio. Gilberto Freyre, em seu livro Assombrações do Recife Velho, conta mais detalhes: “Há também quem afirme ter visto no interior do Santa Isabel, em noite de silêncio e rotina, a figura de austera senhora do Recife, há longos anos morta e sepultada em Santo Amaro”. Segundo os funcionários do teatro, às vezes, no período da tarde, o som do piano de cauda, tocado por mãos invisíveis, pode ser ouvido. Quando se aproximam do instrumento, a música cessa repentinamente. 


Alamoa, em Fernando de Noronha



Fernando de Noronha – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


A paradisíaca ilha de Fernando de Noronha não fica de fora das lendas horripilantes. Existem algumas por lá. Uma das mais conhecidas é a lenda de Alamoa. No livro Fernando de Noronha: Lendas e Fatos Pitorescos, de Marieta Borges, a descrição é a seguinte: “loura e nua, com a fosforescência e a maldade nos olhos (…) como a encarnação do desejo sexual”, os homens se encantavam e se deixavam levar para o ponto mais alto da ilha, o Morro do Pico. “E quando a vítima, friamente ia abraçá-la, a linda e sedutora mulher se transformava em um esqueleto de órbitas faiscantes, apavorando os jovens que se atiravam no oceano ou se despedaçavam nos arrecifes”, conclui. Existe a hipótese de que a lenda tenha surgido na época em que os holandeses dominaram o arquipélago, no século17. Afinal, a palavra “Alamoa” é uma versão da palavra alemã. A moça em questão seria a soberana de um reino encantado que existiu em Fernando de Noronha antes da chegada dos navegadores europeus. Entretanto, nos dias de hoje, Alamoa é considerada a “Mulher de Branco”. Uma aparição que pede carona aos motoristas dos poucos carros que circulam na ilha durante a noite.


Pai da Mata



Ilustração do Pai-da-mata – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Alguns dizem que ele tem parentesco com o Pé-Grande, visto nas florestas dos Estados Unidos, ou o Abominável Homem das Neves, que viveria no monte Himalaia, no Nepal. O Pai da Mata seria um gigante peludo, forte e alto, com capacidade de agitar as árvores mais grossas e velhas. Além de andar sobre duas pernas como o ser humano e possuir garras pontudas e presas afiadas, dentro de uma boca enorme. Essa misteriosa criatura habitaria na Zona da Mata Sul do Estado, na companhia de caititus e queixadas, espécies de porcos selvagens. A sua grande ira se volta contra os caçadores. Há quem diga que o ser se mantém escondido nos matagais mais sombrios e longe da civilização. Porém, quando anda pelo seu reino, o Pai da Mata solta gritos estrondosos e gargalhadas horripilantes. Desavisados amantes de trilhas podem ter surpresas em seus caminhos.


O fantasma de Branca Dias



Casarão antigo onde o fantasma de Branca Dias é visto – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Branca Dias era uma rica dona de engenho que vivia no Recife. Ela praticava secretamente a religião judaica, em um momento em que havia uma perseguição da Igreja Católica aos judeus, durante a Inquisição. Quando soube que iriam atrás dela, ela juntou tudo que tinha de mais valioso e jogou dentro do riacho da propriedade onde morava, o Riacho do Prata, no Horto de Dois Irmãos, o zoológico do Recife. Ela foi finalmente pega, condenada e morta, em Portugal. Alguns anos depois, histórias de que uma aparição estava afastando as pessoas começaram a correr. Branca Dias estava guardando o seu tesouro. Em tempo, havia uma simpatia em meados do século 20, em que, no São João, as moças que gostariam de se casar, olhavam os rios e córregos, para tentar ver a imagem de seus futuros maridos. Nos tempos de engenho, uma dessas mulheres foi levada por Branca Dias. Há quem assegure que o espectro de uma mulher assombra os arredores do Açude do Prata. Ela vestiria trajes antigos, teria cabelos longos e ruivos e expressão de soberania – em pé na sacada do casarão antigo que existe em frente ao manancial, pela noite. 


Papa-figo



Ilustração do Papa-figo – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Por muitos anos, crianças eram assustadas por suas mães com o alerta de que deveriam ter cuidado com Papa-Figo. Segundo a lenda, essa criatura raptava e matava as crianças para roubar o fígado de cada uma delas. Existiriam dois tipos de Papa-Figo. Um deles seria de aparência normal, como qualquer pessoa, se escondendo em roupas fechadas. O outro teria a pele amarelada, com orelhas avantajadas, peludo e unhas grandes e sujas. Ele poderia agir sozinho, ou com ajuda de comparsas, seduzindo as crianças para então partir ao ataque.


Cumadre Fulôzinha 



Ilustração da Cumade Fulôzinha – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Cumade Fulôzinha ficou órfã de mãe cedo e sofreu muitos maus tratos do seu pai, que bebia bastante e, sem motivo, a agredia. Uma vez não encontrou a filha nem comida pronta, ao chegar em casa com fome e embrigado. A menina tinha ido apenas passear pelo mato, como sempre fazia. Ela adorava desfazer as tranças dos seus cabelos sentada na campina e admirar os animais. Quando voltou para casa, foi espancada e enterrada viva no meio do mato. Depois disso, o pai foi perturbado com manifestações fantasmagóricas da filha. Ele se matou. Tendo percebido que tinha sido tomado pelo ódio, o fantasma da menina não teve paz. Em compensação, jurou proteger os animais da mata de qualquer caçador. Assim, ela faz com que eles se percam ou dá uma surra neles com os cipós que usa como chicote. Sua marca é seu assobio: quando está longe, ele soa estar perto; mas quando soa estar longe, é quando ela está perto. Vivendo na Zona da Mata de Pernambuco, se é respeitada, ela ainda ajuda os perdidos. 


Encanta-moça



Ilustração do Encanta-moça – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Uma iaiá branca, rica e bela, passeava à noite, quando percebeu que estava sendo perseguida pelo marido ciumento. Era uma região pouco habitada da capital pernambucana, na época dos grandes engenhos. Durante sua fuga, ela simplesmente desapareceu no ar. Magicamente, ela teria se “encantado” nos mangues em torno Capibaribe, onde hoje seria o Bairro do Pina. Ela acabou retornando desse Mundo do Além, com a missão de vingar todos os abusos permitidos pela sociedade machista daquele tempo. Em noites de lua cheia, ela aparece nua para atrair os homens que circulam naquela região. Assim como a Alamoa, a vítima sente uma atração irresistível mas, quando chega perto, a imagem se desfaz.


Fantasmas do Capibaribe 



Rio Capibaribe – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Houve uma crença de que quem se banhasse no trecho do rio Capibaribe, próximo ao bairro do Poço da Panela, na Zona Norte, teria auxílio na cura de doenças. Acontece que muitos desses banhistas chegavam à morte, devido à força das correntezas. Então, seus cadáveres eram encontrados metros adiante. Reza a lenda que os fantasmas esbranquiçados dessas vítimas aparecem para pedir socorro aos viventes. Em uma manhã chuvosa de 2004, no dia 13 de julho, uma multidão se reuniu acerca da ponte Maurício de Nassau, no centro do Recife para ver o que seria um conteúdo macabro do saco de plástico preto encontrado por um gari numa das margens do rio. Eram sete crânios humanos. Os restos mortais foram “resgatados” e levados para o Instituto de Medicina Legal. Mas a verdade sobre o que aconteceu nunca foi revelada – ninguém nunca soube.


Praça Chora Menino



Atriz Ingrid Laísa representando o fantasma da praça Chora Menino – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


No meio do século 19, aconteceu na capital pernambucana a Setembrizada, uma revolta violenta de uma tropa insubordinada, provocada pela infelicidade com os militares. A cidade foi saqueada por soldados e civis, e foram cometidas atrocidades e assassinatos. Centenas de moradores morreram, inclusive crianças. As terras do velho Sítio do Mondego, onde hoje é a praça Chora Menino, recebeu os corpos, que lá foram enterrados. hoje fica a praça Chora Menino. Após o ocorrido, rumores de que quem passasse tarde da noite perto da praça, escutava som de choro de um menino. Há quem diga que, mesmo hoje em dia, ainda dá pra ouvir soluços e choramingos das vítimas do massacre.


Perna Cabeluda



Ilustração da Perna Cabeluda – Crédito: Reprodução / Recife Assombrado


Em meados da década de 1970, a macabra Perna Cabeluda foi assunto em diversos jornais. Pode parecer a lenda mais absurda de todas aqui citadas, mas muitos dizem ser testemunhas das atrocidades. Em ruas desertas e escuras do Recife, ela se camufla com as sombras e troncos retorcidos, pronta para dar o bote. Quando o cidadão desavisado anda pela calçada, em movimentos rápidos, a criatura o alcança. Não tem como fugir. Seu primeiro golpe é clássico: a rasteira, levando a vítima ao chão. Depois, chutes fortes. Dizem que Perna Cabeluda seria o resto de um cadáver amaldiçoado. O filho teria assassinado a mãe a chutes e hoje essa perna segue amaldiçoando as noites silenciosas do Recife.

Halloween: Histórias assustadoras que você encontra na internet

 Você já conversou com seu Switch hoje?


E se você começasse a ouvir vozes saindo de seu Nintendo Switch novinho? (Imagem: Divulgação/Forever Entertainment)

Imagine colocar as mãos em um console da Nintendo novinho e iniciar um dos melhores games da plataforma, Octopath Traveler, apenas para ouvir vozes bizarras saindo do videogame e chegando diretamente ao ouvido pelo fone. Não é o jogo nem é o chat de grupo (que funciona pelo celular), com alguém que parece estar à distância dando ordens e falando de maneira cadenciada em uma transmissão aparentemente aleatória.


O usuário do Reddit Zenkefl contou essa história nos fóruns do Nintendo Switch e fez uma pergunta clara: “será que alguém está vindo me matar?” A voz misteriosa aparecia somente com um fone de ouvido específico conectado ao videogame, e apenas a ele. Quando o aparelho era ligado a caixas de som ou a outro acessório, a mesma coisa não acontecia.


Rapidamente, os usuários do próprio Reddit descartaram o caso como interferência de rádio, e o próprio Zenkefl disse morar a seis quilômetros de uma base aérea, o que trouxe a ele um pouco de tranquilidade e, principalmente, uma noção de normalidade. Mas, como o próprio disse, sua esperança é efetivamente acreditar nisso e não que tem alguém efetivamente falando com ele por meio de seu Switch enquanto ele aproveita um ótimo exemplar de JRPG.


2. Capeta em forma de doguinho


Uma viagem de caça que acabou de forma bem ruim para o humano, mas ainda pior para seu parceiro peludo (Imagem: Divulgação/Paramount Pictures)

Esse pode não ser um costume no Brasil, mas nos Estados Unidos viagens de caça ao lado de um fiel cachorro são comuns. O problema é que, longe de casa, tudo funciona de forma meio diferente e foi essa a experiência relatada pelo usuário ChewingSkin no fórum NoSleep, espaço do Reddit dedicado a histórias terror fictícias (ou não).


É o enredo clássico de um filme de horror, com uma floresta sinistra e uma casa antiga e vazia. É, também, um relato de caça onde os monstros das profundezas parecem ter levado a melhor, algo que não acabou nada bem para o pobre Sandy, um cachorro que, de caçador, se viu na posição de presa ao ter um encontro de três dias com o sobrenatural. O alívio do dono ao ver o parceiro de volta se transformou em pavor quando ele percebeu que, dentro da casa, não era o cachorro que estava dormindo com ele.


O relato, em si, já é chocante o bastante, enquanto um outro usuário, com um dos comentários mais votados, apenas adicionou à trama enquanto falava sobre comportamento animal e o fato de que os barulhos vindos da floresta não apenas eram os da besta em questão, mas também os do verdadeiro Sandy em apuros, aguardando pelo dono. ChewingSkin termina afirmando que tem dificuldades para dormir desde aquela semana terrível, e a sugestão é que você não leia essa história nem o perturbador complemento do usuário Moral Anarchist.


3. Risos nervosos


O problema de estar sendo perseguido por um sujeito bizarro só fica pior quando ele começa a correr na sua direção (Imagem: Reprodução/Felipe Demartini)

Pior do que a sensação de estar sendo perseguido por uma figura bizarra é notar que, em determinado momento, a criatura começa a correr desesperadamente em sua direção. É esse o tema de uma das histórias de terror mais cultuadas do Reddit, The Smiling Man, publicada há mais de sete anos pelo usuário Blue Tidal e que, até hoje, continua a receber comentários e curtidas.


A história começa com uma dança no meio da rua e a descrição do Homem Sorridente como gracioso pelo autor. A coisa, entretanto, começa a ficar cada vez mais bizarra na medida em que o indivíduo e seus trejeitos se aproximam, em uma coreografia cuja descrição causa frio na espinha. Até que ele começa a correr. Aí é cada um por si.



A publicação se tornou tão popular que, apenas um ano depois de chegar ao Reddit, onde já havia se tornado bastante popular, ganhou um curta. 2AM: The Smiling Man está disponível gratuitamente no YouTube e é obra do diretor Michael Evans, especialista em curtas de terror.


4. Esquerda e direita


Caminhos simples ao volante, em uma cidade bem estruturada, podem nos levar a "outros" lugares (Imagem: Divulgação/Bloober Team)

Ainda da categoria dos contos de terror mais populares do Reddit, a pergunta é: você já ouviu falar do jogo da esquerda e direita? É esse o título da história publicada em novembro de 2017, também no fórum NoSleep, e escrita por Neon Tempo. Em dez partes longas, somos apresentados a uma trama que envolve estranheza na medida em que seguimos ordens claras. Acredite, você será capturado logo na primeira e não vai querer parar até o final.


A premissa é simples, e aqui vamos falar o mínimo possível dela para que você não seja influenciado e possa sentir por si próprio o frio na espinha. O jogo, basicamente, envolve entrar em um carro e seguir pela primeira à esquerda, depois à direita, e repita indefinidamente, até chegar a um lugar “novo”.


Cidades planejadas e com quarteirões em grade funcionam melhor para o jogo, com o resultado dependendo do local em que o jogo é realizado e a pessoa que está ao volante. Trata-se, arrisco dizer pessoalmente, de um dos melhores contos de terror disponíveis na internet e um dos poucos dessa lista a ter também uma versão em português, heroicamente traduzida pelo site Creepy Pasta Brasil. Novamente, não se deixe enganar pelo tamanho, prepare um lanchinho e se prepare para uma viagem, no mínimo, arrepiante.


5. Querido David


Essa é mais recente e, para quem faz uso contumaz do Twitter, fresca na memória. É uma história que se desenrolou por alguns meses e envolveu experimentos, filmagens e até rituais de livramento a partir de uma frase simples e já assustadora o bastante. “Meu apartamento está sendo assombrado pelo fantasma de uma criança morta que quer me matar”, dizia Adam Ellis no tweet que iniciou tudo.


Tudo começou com um sonho, em que uma garota o perguntava sobre o tal Dear David. O negócio é que ele só poderia fazer duas perguntas, enquanto a terceira selaria seu destino. Como todo protagonista de filme de terror, é claro que, na noite seguinte, ao se encontrar com o garoto em um sonho, Ellis fez três questionamentos.


- David, como você morreu? “Um acidente em uma loja.”

- O que aconteceu lá? “Uma estante caiu em cima da minha cabeça”

- Quem empurrou a estante? “....”


Adam Ellis, ilustrador do Buzzfeed, disse ter acordado aterrorizado nesse momento e, a partir daí, uma série de acontecimentos estranhos começaram a acontecer em sua casa, como passos no teto (um sótão lacrado há anos pelo síndico do prédio), móveis se mexendo sozinhos e gatos comprovando que são mesmo capazes de enxergar algo além de nós. As câmeras também capturaram imagens e só tornaram as coisas mais aterrorizantes. A história movimentou a internet e vai virar filme, inclusive.


6. Você acredita?


The Black Tapes leva aos podcasts as histórias de terror que normalmente estariam nos fóruns ou no cinema (Imagem: Divulgação/The Black Tapes)

Nem só de textos em redes sociais e longos relatos vivem as Creepy Pastas. Outras mídias, aos poucos, também começam a se aproveitar desse ideia e o podcast The Black Tapes é um dos melhores exemplos disponíveis hoje na internet. Em um resumo básico, trata-se de uma série de relatos paranormais baseados nos estudos de Richard Strand, um investigador de casos dessa categoria. Mas parar por aí não seria justo com a história contada.


Iniciado em 2016, The Black Tapes contou, ao longo de três temporadas, com uma quarta em produção, casos jamais resolvidos que atraíram a atenção do investigador. Seriam estas as “fitas negras” do título, narradas a partir do ponto de vista da jornalista Alex Reagan, que assumiu para si a tarefa de contar essas histórias.


Aqui temos não apenas grandes histórias macabras e perturbadoras, como também um dos maiores valores de produção da mídia em si. The Black Tapes é, ao mesmo tempo, um experimento e o ápice do storytelling em um podcast, envolvendo, apenas pelo som, de uma maneira que muito produto audiovisual é simplesmente incapaz de fazer.


7. Junji Ito na web


Bongcheon-Dong Ghost usa o movimento de scroll do mouse para criar movimento e arrepiar o leitor (Imagem: Reprodução/Felipe Demartini)

O autor japonês é um dos nomes mais fortes do horror contemporâneo, com suas histórias curtas em quadrinhos que são tão assustadoras quanto inconclusivas. É aí que está mais uma característica do horror do criador, que remove qualquer aparência de bom senso e racionalidade para investir forte na violência e no desgraçamento.


O webtoon Bongcheon-Dong Ghost segue essa linha, mas com os pés um pouco mais no chão. Os quadrinhos, disponíveis online, trazem uma história curta, mas que aposta nos movimentos de uma mulher ensanguentada e errante para assustar o leitor enquanto ele roda a página, de uma forma incrivelmente eficaz.


Essa é mais uma daquelas fábulas feitas para que você pense duas vezes antes de sair sozinho à noite e reflita sobre os efeitos de decisões erradas sobre a vida de um ser humano.


8. Mensagem visualizada


Usuário deve clicar ou apertar Enter para carregar novas mensagens em uma conversa que começa inocente e vai se tornando cada vez mais sinistra (Imagem: Reprodução/Felipe Demartini)

Na mesma onda digital vem annie96 is typing, de Pascal Chatterjee. A história que deu origem a jogos com a mesma abordagem foi publicada originalmente em 2014 e foi uma das primeiras a apostar em um formato tão familiar para nós: em vez do texto corrido, o susto, aqui, vem através de mensagens de texto.


Essa é uma trama que conta, inclusive, com a interação do leitor, que precisa pressionar a tecla Enter para que a próxima mensagem seja carregada. E o que começa com brincadeiras e fofocas em meio a flertes inocentes entre um garoto e seu crush se transforma em algo bem pior e com requintes de loucura na medida em que McDavey, um dos protagonistas, aprende uma lição das mais terríveis: às vezes, na internet, as coisas não são bem o que parecem. E isso vale para a noção de mentira (ou verdade) de todas as creepy pastas. Afinal de contas, nunca se sabe...

 

Por Poliana Casemiro, G1 Vale do Paraíba e Região

 


No Dia das Bruxas, G1 reúne lendas de terror valeparaibanas em ilustrações — Foto: Reinaldo Batista/ Ilustrações/ Hellen Souza/ Arte-G1

No Dia das Bruxas, G1 reúne lendas de terror valeparaibanas em ilustrações — Foto: Reinaldo Batista/ Ilustrações/ Hellen Souza/ Arte-G1

Chapéus pretos pontiagudos, abóboras e fantasias de zumbis são figuras comuns no Dia da Bruxas - ou na forma americana, o Halloween -, comemorado nesta quinta-feira (31). A ideia que dá base às festas temáticas é basicamente celebrar personagens de lendas de terror, porém, a maior parte das referências em fantasias e decorações são estrangeiras. Mas nem só de estrangeirismos vive o Dia das Bruxas, que no Brasil divide os holofotes com o Dia do Saci.

Para a data, o G1 fez uma seleção de lendas valeparaibanas que foram passadas como 'causos' entre diferentes gerações e que vão muito além do lado popular do Saci Pererê. O menino negro de uma perna só é um ícone do folclore brasileiro que ganhou fama pelo registro do escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948), mas que tem a história contada há bem mais tempo.

Apesar disso, historiadores contam que lendas como a do Corpo Seco, do Lobisomem de Natividade da Serra e das assombrações às margens do Rio Paraíba têm registros ao menos desde o século 19.

Amante desta cultura do terror 'made in' interior, o ilustrador Maurício Pereira produziu um livro para manter na memória e transpassar gerações com as lendas que ouviu desde criança pela região. Os contos estão registrados em histórias em quadrinhos no livro "Histórias de Assombração", que é uma coletânea de causos da região.

“Eu cresci com essas histórias e elas são parte da identidade local. Hoje, não sinto que a contação de histórias ainda seja tão forte e quis eternizar esses contos em outro formato para que a tradição não morra”, conta Maurício Pereira.

Veja abaixo um resumo dos 'causos' de terror da região:

História do Corpo Seco é famosa em Paraibuna — Foto: Reprodução

História do Corpo Seco é famosa em Paraibuna — Foto: Reprodução

Corpo Seco, de Paraibuna

Um homem ruim de coração, que maltratava os pais, morreu e teve o corpo rejeitado pelo céu e pelo inferno. Sem saber para onde ir, a história conta que ele teria saído do túmulo e ficava perambulando pelo cemitério assustando as pessoas. O coveiro, então, acionou a família e o tirou de lá em um ritual: ele precisava ser carregado amarrado, nas costas e com um padre benzendo atrás para que ele não voltasse. Segundo moradores, vez ou outra, alguém encontra com ele andando pela região.

Barqueiro do Paraíba, de Jacareí

Há uma lenda antiga sobre um barqueiro que atuava às margens do Rio Paraíba na cidade. A história conta que não havia ponte sobre o rio e a travessia só podia ser feita de barco. Um homem enigmático que chegou à cidade começou a trabalhar levando passageiros. Ele não mostrava o rosto, estava sempre de costas e só falava para a pessoa subir no barco. Quem entrou na embarcação, nunca mais foi visto.

Ilustração conta história de defunto na rede — Foto: Reprodução/ Mauricio Pereira

Ilustração conta história de defunto na rede — Foto: Reprodução/ Mauricio Pereira

Defunto da rede, de Natividade da Serra

No século 19 o costume era que se enterrassem as pessoas em sacos. Quando elas morriam, os amigos seguiam em cortejo com o saco amarrado em um pedaço de madeira. Um grupo carregava um defunto, quando houve uma forte chuva derrubou uma ponte e eles tiveram que desviar o caminho. No meio do novo percurso, o defunto teria respondido que não era por ali o caminho, assustando a todos. O corpo foi abandonado pelo cortejo e o local passou a ser assombrado. Não há definição exata de que local seria esse.

O vento mal assombrado da rua das Palmeiras em Taubaté

Contam que faziam o funeral do delegado da cidade e o cortejo percorria a rua das Palmeiras, que antigamente tinha um corredor com as árvores que dão nome ao local. De repente, houve um vento forte, levou chapéus, bateu porta de lojas e o caixão acabou caindo, mesmo sendo muito pesado. Quando pessoas que estavam no velório foram levantar o caixão, perceberam que ele havia ficado leve. Desde então, ficou conhecida a história de quando o vento soprava na rua, era um sinal mal-assombrado.

História do Saci Pererê é reverenciada por estudiosos em São Luiz do Paraitinga — Foto: Reprodução/ Mauricio Pereira

História do Saci Pererê é reverenciada por estudiosos em São Luiz do Paraitinga — Foto: Reprodução/ Mauricio Pereira

Saci Pererê, de São Luiz do Paraitinga

A lenda do Saci é uma das mais difundidas no Brasil. Segundo diferentes autores, ele é um menino travesso, negro, que tem só uma das pernas, fuma cachimbo e usa sempre uma carapuça ou gorro vermelho. Ele costuma correr atrás dos animais para afugentá-los, gosta de montar em cavalos e dar nó nas crinas. O Saci Pererê pode também aparecer e desaparecer misteriosamente e é muito irrequieto, pois fica pulando de um lugar para outro. Dizem que toda vez que ele apronta, dá risadas alegres e agudas e gosta de assoviar, principalmente em noites sem luar.

História do Lobisomem é famosa em Redenção da Serra — Foto: Reprodução/ Mauricio Pereira

História do Lobisomem é famosa em Redenção da Serra — Foto: Reprodução/ Mauricio Pereira

Lobisomem, de Redenção da Serra

Na cidade, contam a história do aparecimento de um lobisomem. A lenda diz que dois amigos tinham ido pescar e aquela seria uma noite de lua cheia. Quando foi caindo a noite, a lua começou a despontar no céu e um dos homens fugiu do local com medo. Sozinho, o companheiro desistiu da pescaria e decidiu voltar para a casa. Quando caminhava pela estrada, avistou um lobisomem. A partir daí, o relato se espalhou.

A história tem várias versões. Fora do Vale do Paraíba, Joanópolis, na região bragantina, tem o lobisomem como símbolo da cidade. Ele já virou caso de polícia e até hoje desperta relatos de gente que jura de pés juntos que a criatura existe.


Lendas urbanas da cidade de Águeda

 Padroeira da Cidade - Santa Águeda


          Santa Águeda foi uma lendária virgem e mártir das tradições cristãs, padroeira de Catânia, filha de nobres cataneses, alegadamente viveu entre os séculos III e IV durante a dominação romana do pro-cônsul Quinciano e foi, segundo a lenda, martirizada durante as perseguições de Décio o Diocleciano. Seu nome aparece no Cânon Romano já em tempos remotíssimos. Águeda (em italiano e siciliano Ágata) nasceu, segundo a lenda, em Catânia. Alguns historiadores cristãos apontam seu ano de nascimento entre 230 e 235. Segundo a tradição cristã, Águeda consagrou-se a Deus com quinze anos de idade. Depois de inúmeras tentativas de Quinciano para "corrompê-la", Águeda foi "encarcerada brevemente e depois torturada". Foi, segundo as lendas, "chicoteada e seus seios foram arrancados com tenazes" mas, segundo a tradição, ela foi "curada" de seus ferimentos por São Pedro que a visitou na prisão. Por fim, Águeda foi submetida ao suplício de brasas ardentes e na noite seguinte, 5 de fevereiro de 251 (alguns sugerem o ano de 254), faleceu em sua cela. Sua morte, conforme conta a lenda, foi "seguida de um tremor de terra que abalou toda a cidade". Conta a lenda que "um ano após sua morte, o Etna teria entrado em erupção, despejando um mar de lava em direção a Catânia". Então os habitantes teriam "colocado um véu que cobria a sepultura de Ágata diante do fogo que parou imediatamente, poupando a cidade". Santa Águeda é o nome da santa lembrada nas orações em que se pede proteção contra os terremotos. Sua festa litúrgica é celebrada aos 5 de fevereiro. As supostas "relíquias" da santa foram levadas a Constantinopla em 1040 por um general bizantino; em 1126 dois soldados (talvez franceses), Gilberto e Goselino, furtaram os restos mortais de Águeda, que foram entregue ao bispo Maurício no Castelo de Aci. Em 17 de agosto de 1126, as "relíquias" voltaram ao duomo de Catânia, onde até hoje permanecem em nove relicários: cabeça e busto, mãos, braços, pés e pernas, as mamas e o Santo Véu.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

6 histórias "reais" de vampiros que assombram o mundo

1- Elizabeth Bathory – A condessa que amava sangue


01

Elizabeth nasceu em 1560, e é conhecida até hoje por suas atípicas e assustadoras praticas. Considerada bela e perversa, Elizabeth possui em sua biografia uma série de problemas psicológicos, ela havia presenciado soldados violarem e matarem 3 de suas irmãs mais novas, tinha convulsões, e surtos de ira, mas a sua característica mais horripilante era o fato da moça realmente ser cruel e sádica.

Aos 15 anos se casou com Stefan de Bathory e ganhou ainda mais poder, visto que seu marido era o rei da Polônia. Registros revelam que ela torturava suas escravas e damas de companhia, em determinada ocasião ela chegou a abrir a mandíbula de uma de suas empregadas com tanta força, que os cantinhos da boca da moça se rascaram.

Além disso ela recrutava meninas e as matava para poder banhar-se em seu sangue. Elizabeth acreditava que essa era a fonte eterna da juventude. Estima-se que até janeiro de 1610, ela tenha assassinado 647 meninas.

2- Vlad o Empalador – Inspirou a lenda do Drácula

02

Vlad III era rei da Valáquia, mais conhecida como a atual Romênia, e se destacou principalmente por sua maldade. Para vocês terem uma boa noção, ele assassinou 1 quinto de toda a população de seu próprio país.

Vlad viveu no século XV, e segundo historiadores, ele possuía prazer em assistir as torturas, desmembramentos e empalações. Ele nasceu em 1428 na Transilvânia, e era o filho mais velho de Vlad Dracul, que significava dragão ou demônio em seu próprio idioma.

Um de seus mais famosos ataques, consistiu em organizar um luxuoso banquete e convidar todos os nobres e pertencentes da corte, a qual ele considerava como inimigos internos. Em meio ao banquete, seus soldados invadiram o salão, amarraram todos os ilustres convidados, os posicionaram com a barriga para baixo, e os empalaram com estacas, tal ato consiste em introduzir o objeto no ânus da vítima, até que ele saia literalmente pelo outro lado, geralmente pela boca.

Nesse ataque, algumas de suas vítimas chegaram a levar 3 dias para morrer. Além disso, ele também se alimentava do coração e sangue de seus principais inimigos.

3- Richard Trenton – O Vampiro de sacramento

03

Richard havia sido abusado quando criança pela sua própria mãe, e durante a sua adolescência sempre se demonstrou perturbado e problemático. Ele abusava de drogas, álcool e remédios. E começou a sua “carreira” de assassino e psicopata ainda jovem, quando matava pequenos animais e consumia os seus órgãos internos juntamente com Coca-Cola.

Depois de adulto, o rapaz chegou a matar 6 pessoas em um único mês. Richard foi apelidado de Vampiro de Sacramento, porque sempre bebia o sangue de suas vítimas e também canibalizava seus corpos. Ele chegou a ser preso e condenado á câmera de gás, mas cometeu suicídio na prisão.

4- Joshua Rudiger – Um vampiro de 2.000 anos de idade

04

Joshua possuía um longo histórico de doenças mentais, e ainda adolescente tentou cometer suicídio com uma espada samurai. Durante suas sessões de terapia, ele chegou a afirmar a sua terapeuta que ele era um vampiro de 2.000 anos de idade, e que iria se alimentar do sangue de quem estivesse ao seu redor.

Já adulto ele saiu pelas ruas de São Francisco cortando a garganta de pessoas desabrigadas, e se alimentando do sangue que tinha em sua frente. No total, ele assassinou 3 homens e uma mulher, e foi condenado apenas 23 anos de prisão, por causa de seus problemas psicológicos.

5- Caius Veiovis Domício – Se auto declarava Vampiro e satanista

05

Seu nome original é Roy Gutfinski Jr, mas ele mudou legalmente para Caius Veiovis Domìcio, além disso ele também realizou uma série de mudanças corporais.

Ele e sua namorada sequestraram uma garota, fizeram um corte profundo em seu corpo, que exigiu 30 pontos para ser fechado, e consumiram o seu sangue enquanto se beijavam.  Além desse crime ele cometeu 3 assassinatos e atualmente está cumprindo três penas de prisão perpétua, sem chances de liberdade condicional.

6- Peter Kurten – O Vampiro de Dusseldorf

06

Em 1913, Peter cometeu 9 homicídios na Alemanha. E no geral ele cortava as suas gargantas e se alimentava do sangue de suas vítimas.

Ele chegou a narrar, que em determinada ocasião, ele havia bebido tanto sangue, que passou muito mal na sequência.

Além disso, ele também revelou que para ele beber o sangue de sua vítima era sexualmente excitante. Seu primeiro assassinato, foi o de uma menina de apenas 13 anos. Em seu julgamento ele tentou alegar insanidade, mas foi condenado e enforcado em 1931.

E então queridos leitores, podiam imaginar que existem pessoas assim na vida real?